A Covid-19 teve um profundo impacto em 2020, havendo ainda muita incerteza sobre como e quando as pessoas, as empresas e as economias vão conseguir ultrapassar este vírus. No entanto, o confinamento, o teletrabalho e mesmo a quebra no consumo não pararam a significativa evolução da mobilidade elétrica, que é visível no aumento das vendas de veículos elétricos em Portugal e no crescimento progressivo, no período pós-confinamento, da utilização dos postos de carregamento da EDP Comercial na rede pública.
Por uma mobilidade mais limpa
Durante o confinamento, as cidades ficaram mais vazias e passaram a ser sinónimo de menos ruído, menos poluição e maior facilidade de circulação. O fim do confinamento e o regresso ao local de trabalho mostraram que a mobilidade sustentável faz parte da exigência coletiva e que nem mesmo a redução no preço dos combustíveis – verificada em março – prejudicou a comercialização de elétricos face aos veículos a combustão.
Segundo dados da UVE, em outubro de 2020, as vendas de veículos elétricos ultrapassaram o total de vendas do ano de 2019 e cresceram 41% face ao período homólogo. Já os carros tradicionais a gasóleo e a gasolina tiveram uma quebra homóloga de 18,7% em outubro, e 41,5% no acumulado dos primeiros dez meses de 2020. Fevereiro foi o único mês do ano em que o mercado de ligeiros de passageiros a combustão cresceu, ao passo que nos veículos elétricos aconteceu o contrário e os únicos períodos de quebra face a 2019 foram abril e maio, os dois meses em que o confinamento foi mais rigoroso.
Por outro lado, a quota de mercado dos elétricos foi de 14,9% em outubro e a média do ano situa-se em 11,9%, o que significa que mais de um em cada dez carros novos de passageiros vendidos este ano em Portugal é movido a energia limpa e sustentável.
Crescimento da EDP Comercial na rede pública
O trabalho remoto, o desfasamento de horários e a preocupação com normas de saúde pública levaram os cidadãos a fazer escolhas mais conscientes de percursos e de meios de transporte. Depois de semanas quase sem sair de casa, as pessoas voltaram a descobrir a rua, a querer recuperar o tempo, mas também o espaço público para caminhar, fazer exercício ou apenas contemplar o que antes parecia não estar ali.
Como parte da solução, os veículos elétricos vieram para ficar. Isto é visível também através do consumo nos postos da rede pública da EDP Comercial, nos quais se assinalou um aumento dos consumos a partir de julho. Isto já depois do fim da fase piloto da rede MOBI.E, do período gratuito de carregamento, e da redução do tarifário de energia fora de casa, na utilização do cartão Mobilidade Elétrica EDP (CEME).
Também ao nível da própria rede de carregamento, a EDP Comercial continuou a fechar parcerias de mobilidade elétrica, de entre as quais com a Saba, Luz Saúde e Sporting Clube de Portugal. Até ao final de 2020, a EDP prevê contar com mais de 700 pontos de carregamento contratados e aumentar para 1.000 os pontos de carregamento de veículos elétricos disponíveis em 2021.
EDP à frente na mudança de paradigma
Este ano de pandemia trouxe dificuldades, mas também oportunidades que não podem ser desperdiçadas. A resposta chega de cidadãos, empresas, autarquias ou governos. A Europa está na linha da frente e Portugal, onde ainda há muito espaço para trabalhar, deve continuar este caminho. A EDP acredita que é vital que cada empresa se desafie a colaborar com outras, de forma a garantir sinergias que permitirão endereçar novos mercados e oportunidades.
Um bom exemplo dessa colaboração entre empresas, mais concretamente ao nível da mobilidade elétrica, é a parceria estabelecida entre a EDP e as marcas de automóveis que mais apostam nos veículos elétricos, como a Hyundai, e também com as principais locadoras e a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE).
A pandemia também não impediu a realização, no início de outubro, do Portugal Mobi Summit, emitido online para todo o mundo a partir de Cascais, novamente organizado com apoio da EDP. A terceira edição do evento com o mote “Mobilidade num mundo em mudança”, promoveu debates sobre inovação, energias renováveis, planeamento urbano ou mobilidade, temas tornados ainda mais urgentes no contexto atual.
Já no plano internacional, a EDP entregou, a 15 de setembro, com outras 156 grandes empresas mundiais, uma carta de apelo aos líderes europeus para que reforcem as metas ambientais. Logo no dia seguinte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou as novas metas da União Europeia para a redução da emissão de gases de efeito de estufa: menos 55% até 2030. Precisamente o valor indicado na carta assinada pela EDP, inicialmente avançado no chamado Acordo Verde Europeu, de 2019.
Prosseguindo um caminho que já vem de longe para apoiar o ecossistema de mobilidade em Portugal e liderar a transição energética sustentável, a EDP aderiu também no mês passado à PPCA, a primeira aliança global para acelerar o fim da produção energética através de carvão. Isto depois de, ainda durante o verão, a EDP ter anunciado que vai antecipar para 2021 o fecho de centrais a carvão em Portugal e Espanha.
Um futuro Zero
Pensar no mundo que queremos deixar para os nossos filhos é uma ideia cada vez com mais força e foi esse o mote para a criação do Planeta Zero, uma das mais recente iniciativas da EDP Comercial. O programa desafia todos aqueles que se preocupam com a degradação ambiental, com o desperdício ou com a poupança energética, a fazerem pequenas mudanças comportamentais na sua vida.
Os clientes que aderem ao programa, a Geração Zero, aceitam desafios mensais de boas práticas ambientais e sociais, lançados no site da EDP ou na app EDP Zero, conseguindo atingir novos patamares de sustentabilidade sem alterar drasticamente a sua vida. Desta forma, acumulam pontos Z, que podem ser convertidos em descontos ou experiências. Mas o prémio maior é para o planeta, graças a desafios que passam por ações de reflorestação ou de limpeza de praias.
